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Diário (A)gosto dá dicas para os caloiros que vão estudar para fora da ilha

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Carina Costa fecha o estágio de Verão no DIÁRIO com dicas para universitários

Com o mês de Agosto a chegar ao fim, o DIÁRIO antecipou-se a Setembro e reuniu um conjunto de dicas que todos os madeirenses que vão estudar para fora da ilha devem saber.

Bolsas de estudo

Estudar fora da ilha é sempre dispendioso, no entanto há várias ajudas que qualquer estudante pode socorrer. As bolsas de estudo são uma delas.

Ao entrar no ensino superior, os alunos universitários podem candidatar-se à bolsa de ensino superior facultadas pela Direção-Geral de Ensino Superior (DGES). A candidatura deve ser apresentada entre 25 de Junho e 30 de Setembro, através do portal da DGES.

No entanto, os estudantes madeirenses que frequentam cursos em instituições de ensino superior fora da RAM, ou estudantes residentes na Ilha do Porto Santo que se encontrem a frequentar cursos em instituições de ensino superior na Ilha da Madeira, podem igualmente candidatar-se à Bolsa do Governo Regional da Madeira. Este ano o prazo para a apresentação das candidaturas decorre de 30 de Agosto a 12 de Novembro e é feita mediante marcação no site do Governo.

Acrescendo a estes apoios, há também Câmara Municipais e Juntas de Freguesia que apoiam os estudantes do Ensino Superior. Para saber se a sua tem este tipo de apoios, o melhor é contactar a entidade e perguntar se disponibilizam os apoios e, se sim, quais são as condições.

Transportes

A forma mais prática e económica de se deslocar para aulas, tanto em grandes centros urbanos, como em cidades mais pequenas, é utilizar os transportes públicos. Em cidades como o Porto ou Lisboa, a oferta é mais variada: metro, autocarros e até mesmo barco, mas nem por isso os outros centros universitários carecem de boas redes de transportes. Se a casa arrendada ficar longe da universidade, ou se o supermercado mais próximo exige uma longa caminhada com os sacos pesados, o ideal é fazer um passe mensal permitindo fazer as viagens que forem necessárias sem custos adicionais. Com a opção de um passe de estudante, os preços variam entre os 15€ e os 30€ mensais, dependendo da cidade.

Passe Lisboa VIVA Estudante – 22,50€

Passe Porto Andante – 30€

Passe Coimbra SMTUC Estudante – 15€

Viagens de avião

Não é novidade que as viagens de avião entre o continente e ilhas não são baratas, especialmente nas épocas altas que costumam coincidir com as férias escolares. No entanto, graças ao Programa Estudante Insular, todos os cidadãos que tenham até 26 anos e estejam a estudar no continente, na Região Autónoma dos Açores, noutro Estado -Membro da União Europeia ou em qualquer outro Estado com o qual Portugal ou a União Europeia tenham celebrado um acordo relativo à circulação de pessoas, podem adquirir até quatro viagens de ida e volta ou oito viagens “one-way” durante o ano lectivo, pelo preço de 65€.

Durante o ano escolar, ou seja, entre 1 de Setembro e 31 de Agosto, o estudante (ou alguém em seu nome) deverá entrar em contacto com uma das agências de viagens que estabeleceram protocolo com o Governo Regional da Madeira e proceder à marcação das viagens. A viagem fica num valor de 65€ caso o valor total da viagem não exceda os 400€. No caso de ultrapassar, o passageiro terá de pagar, adicionalmente, o excedente a esse valor.

Alojamento

Outro peso no orçamento é o alojamento. Encontrar um cantinho mais confortável que o da Madeira é difícil, mas não é impossível. O segredo está em começar a procurar cedo. Plataformas como o ‘Marketplace’ do Facebook ou o idealista.pt, são uma excelente forma de encontrar “achados”.

Mas há ainda outras opções: as residências universitárias. Para quem tem direito a bolsa e quer poupar mais um pouco, os alojamentos das universidades são uma solução. Normalmente é necessário dividir o quarto, assim como os outros espaços, mas há várias opções de quartos. O ideal é entrar em contacto com a universidade e perceber quais são as escolhas disponíveis e como é que é feito o procedimento da candidatura.

Propinas

As propinas no ensino superior público têm sofrido uma descida de preço nos últimos anos. Para o ano lectivo de 2021-2022, o valor máximo da propina não pode ser superior ao valor fixado pelas instituições de ensino superior no ano lectivo anterior, mantendo-se assim em 697€. No entanto, este montante apenas diz respeito às licenciaturas e aos mestrados integrados leccionados em instituições públicas, no caso de estar a estudar numa universidade privada o montante das propinas são fixados pela própria instituição, sem teto máximo de cobrança.

O pagamento das propinas não é preciso ser feito de uma só vez, sendo que compete às instituições fixar prazos faseados da cobrança das propinas. A contar a partir do momento em que o aluno se matricula, a propina é paga em, pelo menos, sete prestações mensais. Contudo, há também a possibilidade de fazer o pagamento na totalidade ou parcialmente. A melhor forma de perceber os prazos de cada universidade é consultar o regulamento da mesma de forma a verificar os prazos e a modalidade de pagamentos que a mesma oferece.