Aprovada fusão entre a Vodafone e a Three UK no Reino Unido
A Autoridade da Concorrência e Mercados (CMA) do Reino Unido aprovou hoje a fusão entre a Vodafone e Three UK para criar a maior operadora de telecomunicações do Reino Unido, avaliada em cerca 18.121 milhões euros.
O acordo entre a Vodafone e a CK Hutchison (proprietária da Three UK) pode avançar se ambas concordarem em investir um valor que pode atingir milhares de milhões de euros para implantar uma rede 5G combinada em todo o Reino Unido, disse o regulador britânico.
A CMA também ordenou aos dois grupos que ofereçam aos consumidores proteções a curto prazo, o que exigiria que a empresa resultante da fusão estabelecesse um limite máximo para certas tarifas durante um período de três anos.
A fusão entre a Vodafone e a Three criará o maior operador do Reino Unido, com cerca de 27 milhões de clientes.
Significaria também que a EE, empresa propriedade da BT, perderia a sua posição de líder de mercado em termos de número de clientes e que o novo grupo combinado ultrapassaria também a operadora O2.
Após a aprovação da CMA, espera-se que o acordo seja formalmente concluído no primeiro semestre de 2025.
A Vodafone irá ficar com 51% da participação e, após três anos, terá a opção de adquirir o restante da empresa resultante da fusão.
Stuart McIntosh, presidente do grupo independente que lidera a investigação da CMA, afirmou que o acordo "é suscetível de aumentar a concorrência no setor das comunicações do Reino Unido e deve ser autorizado, mas apenas se a Vodafone e a Three concordarem em aplicar as medidas propostas".
A presidente executiva da Vodafone, Margherita Della Valle, afirmou que a decisão do regulador "cria uma nova força no mercado britânico das telecomunicações e desbloqueia o investimento necessário para construir a rede de infraestruturas que o país merece".
"Os consumidores e as empresas beneficiarão de uma maior cobertura, de débitos mais rápidos e de ligações de melhor qualidade em todo o Reino Unido, à medida que desenvolvemos a maior e melhor rede do nosso mercado nacional", afirmou a gestora.
De acordo com Margherita Della Valle, a luz verde dada pelo regulador "liberta o travão de mão da indústria de telecomunicações do Reino Unido e o aumento do investimento irá colocar o Reino Unido na vanguarda das telecomunicações europeias".