Quem já conduziu em Lisboa terá ficado com essa ideia, mas agora um estudo europeu, tomando como 'cobaias' os próprios condutores, chegou a essa conclusão, Lisboa é uma cidade stressante para conduzir, não uma apenas, a segunda mais stressante, curiosamente atrás apenas de Oslo, na Noruega.

Não há nada como a liberdade que traz a obtenção da carta de condução - a oportunidade de finalmente ir mais facilmente para onde quiser! Mas qualquer condutor dir-lhe-á provavelmente que conduzir também pode ser uma fonte de stress, devido à ansiedade de ter outros carros por perto ou de testemunhar outros a conduzir de forma perigosa. 

Na sua primeira série, a DiscoverCars.com realizou uma nova pesquisa para ver qual das nove capitais europeias é a cidade mais stressante para conduzir. Estas descobertas revelaram que Lisboa ficou classificada em segundo lugar, com base num estudo dos batimentos cardíacos dos condutores locais. 

A empresa de comparação de aluguer de automóveis testou o ritmo cardíaco dos condutores selecionados durante uma viagem de 30 minutos pela cidade. Foi também registada a frequência cardíaca em repouso.

Para classificar as cidades, foi atribuído um núcleo às localidades com base na média das frequências cardíacas mais elevadas e mais baixas registadas durante a condução e o repouso, bem como nas BPM subsequentes do condutor. Os números resultantes foram utilizados para criar a classificação. Este número é a sua "Classificação de Stress". 

Estes dados foram depois mostrados ao Dr. Adedeji Saheed, um médico especializado em medicina interna, com mais de três anos de prática clínica. O Dr. Saheed forneceu então uma visão sobre as frequências cardíacas típicas.

Falando sobre os resultados, Aleksandrs Buraks, Diretor de Crescimento da DiscoverCars.com, comenta: "Gostámos muito de compilar este estudo sobre as cidades mais stressantes da Europa para conduzir! No nosso segundo lugar, encontrámos Lisboa. Junto à costa, o centro histórico da cidade de Lisboa é sem dúvida bonito, mas devido à sua idade, existem muitas ruas estreitas que alguns habitantes locais acreditam ser uma causa de ansiedade induzida pela condução. Como resultado, no estudo que compilámos, descobrimos que a frequência cardíaca dos nossos participantes ao volante era das mais elevadas - 104 bpm no ponto mínimo e 134 bpm no ponto máximo. Se fizermos uma viagem panorâmica de carro de Lisboa até ao mar, passando por Cascais ou Estoril, a leste, teremos a oportunidade de ver as ondas salgadas pelas quais o nosso país é conhecido! Ou parar na verdejante Costa Vicentina no sul, por exemplo, oferece a oportunidade de ver muitas paisagens costeiras idílicas."

Em primeiro lugar ficou Oslo, na Noruega, que registou o maior índice de stress total de 37,5. Aqui, a frequência cardíaca mais elevada do condutor foi de 110 bpm. 

Como já foi referido, Lisboa está em segundo lugar com uma taxa de stress de 36. A frequência cardíaca do condutor atingiu 134 bpm no seu ponto mais elevado - mas a sua frequência cardíaca era geralmente um pouco mais elevada do que a de alguns dos outros condutores, com um mínimo de 80 bpm em repouso. 134 bpm está dentro do intervalo geralmente considerado normal, mas o Dr. Saheed sugeriu que as pessoas que apresentam uma frequência cardíaca deste nível durante as atividades diárias devem estar atentas a quaisquer sintomas. A frequência cardíaca em repouso deste condutor atingiu 122 bpm no ponto máximo, o que, de acordo com o médico, está acima do intervalo tipicamente esperado - pode ser indicativo de stress ou ansiedade. 

Lisboa tem muitas ruas estreitas, especialmente no centro histórico da cidade, o que pode tornar a condução stressante. Os habitantes locais também dizem que as estradas podem ser sinuosas. Uma viagem de um dia muito popular a partir da capital é o Parque Nacional da Serra da Arrábida, ao qual se chega em pouco menos de uma hora de carro. Uma vez lá, pode desfrutar de um passeio panorâmico pelas montanhas ou relaxar numa das muitas praias.