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Georgina Rodríguez "aqui está o seu corpo, vê e julga-o tu mesmo'"

Companheira de Cristiano Ronaldo partilha artigo sobre mediatismo, objectificação do corpo feminino e exploração da sua recente perda

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Foto Instagram Georgina Rodríguez

Muita tinta se faz correr sobre o corpo (invejável) de Georgina Rodríguez, recentemente alvo de críticas, após ter sido fotografada por paparazzi, apenas alguns meses após uma gravidez de gémeos. A namorada de Cristiano Ronaldo recorreu às redes sociais para tomar uma posição.

Nas suas 'stories' do Instagram, a modelo partilhou excertos de um artigo, publicado na revista 'Glamour' de Espanha, que fala no lado menos 'glamoroso' do mediatismo e exploração da dor que passou com a perda de um dos bebés.

No artigo, a jornalista Maria Mérida compara a “obsessão” em relação a Georgina Rodriguez com as atenções de que era alvo a princesa Diana.

O parto de Georgina mereceu cobertura de quase todos os meios de comunicação, os mesmos que não duvidaram em recuperá-lo para falar das imagens das férias. E onde antes havia uma história que falava da vida de uma mulher, como sucedeu com a fotografia de Lady Di, agora temos uma mulher de biquíni depois de dar à luz. Nada mais, nada menos. Seja para a tratar a favor do suposto 'empoderamento', para criticá-la ou simplesmente dizer 'aqui está o seu corpo, vê e julga-o tu mesmo'", pode ler-se.

"É a única coisa que se vê. Nem o seu olhar melancólico, nem a sua história, nem a sua gestão do luto, a única coisa que se considera como gancho para atrair leitores é uma figura feminina depois de um processo transformador tão radical como é a gestação e que, agora, se une de uma forma tão devastadora à perda daquilo que mais se ama, um filho", realça a jornalista, que termina citando Philip Roth para ilustrar a objectificação do corpo feminino.

Philip Roth escreveu uma vez que as mulheres belas são invisíveis e se considerarmos esta afirmação como correcta, Georgina é a mulher invisível - apesar de ser uma estrela de 'telerealidade' - pelo seu físico, pela tenção mediática que recebe diariamente e por essa vida de luxo e comodidades que todos invejam. Ninguém vê a mulher, ninguém pensa no que sofreu, o que teme e o que deseja, o que é e o que poderia ser. Nem quando está sentada na beira de um trampolim em alto mar o veriam.