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Madeira Street Arts Festival traz ao Funchal 1.º homem estátua do mundo

O evento decorre de 6 a 7 de Novembro, entre a Rua Dr. Fernão de Ornelas, Placa Central e Praça do Povo

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Veja como foi o primeiro dia do Madeira Street Arts Festival, que se realiza pela segunda vez este ano, numa edição dedicada às estátuas vivas, que conta com vários artistas nacionais, uma participação especial inspirada na pandemia e um apontamento regional

"É a primeira vez que eu vejo estas estátuas. Eu fiquei espantada! Pensei que era uma estátua verdade, depois fiquei de boca aberta quando a vi a mexer-se. É muito giro e acho que é um trabalho muito difícil, ficar parado num lugar e depois mexer-se de repente"

O testemunho é da pequena Inês, de 9 anos, uma das várias pessoas a ser surpreendida pelas estátuas vivas que, esta sexta-feira, dia 6 de Novembro, 'tomaram de assalto' o Funchal, pelo bem das artes plásticas e cénicas.

"Esta é a segunda edição do Madeira Street Arts Festival. Este ano, por causa das restrições motivadas pela covid-19, o festival é dedicado quase só inteiramente às estátuas vivas. Estamos dois dias, hoje à tarde e amanhã de manhã, com estátuas vivas pela cidade aqui na Avenida Arriaga, na Fernão Ornelas e na Praça do Povo", explica Cristiana Nunes promotora da Associação Teatro Bolo do Caco, que também marca presença no evento, a par de diversos artistas nacionais.

‘In vino veritas’ [que significa “no vinho está a verdade”] é o nome da única estátua regional a integrar o grupo de personagens que podem ser vistas durante dois dias na Baixa da cidade.

"Esta é primeira estátua regional, coma artistas regionais e com um tema regional e está a ser apresentada pela primeira vez no Festival pelo Diogo Gonçalves e o Xavier Miguel, actores da Associação Teatro Bolo do Caco. São dois 'vilhões', dois primos, um do campo e um da cidade, e o que os une é o vinho".

Esta criação tem outra particularidade. É fruto da formação que os artistas do Teatro Bolo do Caco fizeram com o primeiro homem estátua do mundo. António Santos é português e marca também presença nesta edição do Madeira Street Arts Festival com a sua 'Figura quase (im)possível', que pode ser encontrada junto ao Largo da Restauração.

A Cartoonette (Ita Branco), o Outono (Katarina Ferreira), o Amor é Cego (Susana Bento), a Força da Natureza e o Marinheiro (Luís Fonseca) são outras das estátuas que emprestam um novo colorido ao Funchal por estes dias.

A animação de rua faz-se, no entanto, com o máximo respeito pelas regras de higiene e segurança ditadas pelo actual contexto pandémico, ou não fosse o Super Poli, uma das atrações desta edição do festival.

A figura criada pelo palhaço Enano nasceu em consequência da pandemia e consiste um 'walking act' de um personagem polícia, que foi criado para sensibilizar teatralmente de uma forma cómica e didáctica sobre o que há a fazer para cumprir as recomendações das autoridade de saúde, como o uso obrigatório da máscara, a manutenção do distanciamento social, o cumprimento da etiqueta respiratória e a higienização frequente das mãos.

Quanto à adesão, Cristiana Nunes observa que as "pessoas estão bastante receptivas".

"Não conseguem passar sem olhar ou sem tirar uma fotografia. Também contribuem com algumas moedas, ficam um bocadinho à espera para ver se a estátua se mexe, colocam algumas questões. Está a correr muito bem".

Com esta edição especial, o Madeira Street Arts Festival pretende promover e dignificar esta arte, colocando a cidade do Funchal no circuito internacional das estátuas vivas, apresentando ao público madeirense e aos seus visitantes, mais uma oferta cultural na região.

Já sabe, se passar pelo centro da capital madeirense amanhã pode ser surpreendido.

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