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Guitarristas André e Bruno Santos levam 'O disco de Natal' ao Funchal e a Lisboa

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Foto Aspress

Os guitarristas de Jazz - e irmãos - André e Bruno Santos (Mano a Mano) apresentam este mês, no Funchal e em Lisboa, "O disco de Natal", um álbum feito de "clássicos inevitáveis", duas canções tradicionais madeirenses e um inédito.

"O disco de Natal", já disponível para venda através do bandcamp e das contas nas redes sociais do projeto Mano a Mano, é para ser ouvido sem se saber o que está dentro do 'embrulho'.

"Decidimos não pôr o nome das músicas na capa do disco. O 'pessoal' põe o disco [a tocar] e é uma espécie de desembrulhar de prendas ao longo de cada tema", contou André Santos, em declarações à Lusa.

Sem querer revelar o alinhamento completo do álbum, o músico desvenda que inclui "alguns daqueles clássicos inevitáveis, como 'Jingle Bells' e 'Silent Night'", duas músicas "emblemáticas do repertório tradicional madeirense, 'Virgem do Parto' e 'Meu Menino Jesus'", e um inédito, "Blues para o Pai Natal", criado por Bruno Santos e no qual tocam "em instrumentos tradicionais madeirenses, no rajão".

"Muitas vezes até misturamos uma data de temas, fazemos vários 'medleys' e algumas passagens inusitadas", contou.

As 12 faixas estão 'embrulhadas' num "postal de Natal" e a contracapa "tem uma parte que se pode personalizar".

O desafio de fazerem um álbum com temas de Natal partiu de um amigo. "Ficámos a pensar nisso. Contactámos o Teatro Baltazar Dias [no Funchal], a ver se se queriam meter nesta pequena loucura de fazermos lá um concerto de Natal e, já que fazíamos um concerto, gravar um disco. Eles acharam a ideia ótima e metemos mãos à obra", recordou Bruno Santos.

O Teatro Baltazar Dias recebe o concerto de Natal de Mano a Mano na quinta-feira em duas sessões: às 18:00 e às 21:00.

Em Lisboa, o espetáculo está marcado para o Teatro Villaret, no dia 17 de dezembro, às 20:30.

Em palco, André e Bruno Santos terão com eles uma "parafernália de guitarras e alguns outros cordofones (banjo, rajão, braguinha)".

A música "fez sempre parte" da vida destes irmãos, que nasceram na Madeira (e atualmente vivem em Lisboa), muito graças a um tio, que, recordou Bruno, "é um consumidor voraz de música, mais na onda pop e rock mais ligeiro".

"Durante muitos anos íamos para casa da nossa avó ouvir discos, gravar cassetes. Eu entretanto tive uma banda e comecei a tocar e o André também toca desde novo", recordou.

Ainda na Madeira, era frequente os pais de André e Buno organizarem "grandes festas, com música a noite toda", e o Natal não era exceção.

Já em Lisboa, nos últimos anos, contou Bruno, os irmãos habituaram-se "a ouvir aqueles discos clássicos de Natal, com orquestra, míticos, do Frank Sinatra e do Nat King Cole".

Os dois lembram-se de terem recebido as primeiras guitarras num Natal.

E André recorda-se bem de um em que "havia duas caixas, que eram claramente duas guitarras, uma para cada um".

"O meu pai gravava sempre muitos vídeos e recentemente fui rever alguns e apareço eu ao pequeno-almoço já com a guitarra a tiracolo e o meu irmão a dar-me umas dicas. E a música de fundo é incrível, uma música de Natal com gaita de foles", recordou.

"O disco de Natal" é o quarto álbum do projeto Mano a Mano.

No mais recente, "Mano a Mano vol.3", editado em abril do ano passado, decidiram "inverter" as contas dos discos anteriores, apresentando seis originais e apenas duas versões.

"Mano a Mano vol.1" era composto quase na totalidade por versões e tinha dois originais e "Mano a Mano vol.2" tinha quatro originais.

Os álbuns são todos edições de autor.

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