Prazeres

'O Nome da Rosa' em edição especial

Nesta Hora da Boa Vida sugerimos uma (re)leitura de uma das obras literárias mais emblemáticas de Umberto Eco

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Na 'Hora da Boa Vida' desta tarde de sexta-feira, sugerimos uma (re)leitura do livro 'O Nome da Rosa', uma das obras mais emblemáticas de Umberto Eco.

A edição especial da responsabilidade da Gradiva chegou às livrarias esta semana  e conta com desenhos e apontamentos preparatórios inéditos do autor, numa tradução de Jorge Vaz Carvalho.

'O Nome da Rosa'  é o romance que revelou o génio narrativo do autor. Traduzido em 60 países com mais de 50 milhões de exemplares vendidos e que inspirou um filme e uma série de televisão com grande êxito internacional. A história é passada numa abadia medieval isolada, onde uma comunidade de monges copistas vive devastada por uma série de crimes. Surge então um frade franciscano que vem investigar os mistérios de uma biblioteca inacessível.

Sobre esta edição especial, Mario Andreose escreveu: "Os desenhos e as anotações manus­critas do futuro autor de O Nome da Rosa testemunham o trabalho preparatório mi­nucioso antes da redacção do romance. São a confirmação efectiva do afirmado por Eco em Porquê ‘O Nome da Rosa’? (1983): «para contar uma história há que começar por construir um mundo, tanto quanto possível recheado até aos últimos pormenores». E o que nos conta, ou me­lhor, nos antecipa deste mundo o material aqui reproduzido? Em primeiro lugar a identidade, a fisionomia dos principais protagonistas, com o típico traço veloz e arguto do autor, que justificará a sua invenção ‘para saber que palavras colocar na sua boca’. Depois, alçados e plantas de abadias, cas­telos, labirintos, emanados da mente de um soit disant ‘medievalista em hiberna­ção’, que entretanto se ocupou também de outras coisas."

Recorde-se que  Umberto Eco (1932-2016) foi um eminente filósofo, medievalista e semiólogo italiano.Estreou-se na narrativa com 'O Nome da Rosa' (Prémio Strega 1981), a que se seguiram 'O Pêndulo de Foucault', 'A IIha do Dia Antes', 'Baudolino', 'A Misteriosa Chama da Rainha Loana', 'O Cemitério de Praga' e 'Número Zero'.

Entre as suas numerosas obras ensaísticas (académicas e outras), destacam-se: 'O Signo', 'Os Limites da Interpretação', 'Kant e o Ornitorrinco', 'A Passo de Caranguejo', 'Construir o Inimigo e outros escritos ocasionais', 'Obra Aberta', 'Dizer Quase a Mesma Coisa - Sobre a Tradução', 'Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas' e 'Aos Ombros de Gigantes'. Organizou ainda os livros ilustrados 'História da Beleza', 'História do Feio' e 'História das Terras e dos Lugares Lendários'.  

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