Pessoas

Fazer o bem sem olhar a quem

O facto de ser presidente de Junta molda todo o seu dia-a-dia

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Por força do cargo que ocupa, Celso Bettencourt lida com situações muito complexas do ponto de vista social. O cerco à freguesia de Câmara de Lobos pôs à prova todas as suas capacidade para trabalhar em prol dos outros.

'Faz o bem, não olhes a quem' é o lema que Celso Bettencourt professa no seu quotidiano. Ligado às lides autárquicas há vários anos, o presidente da Junta de Freguesia de Câmara de Lobos só tem pena de não conseguir responder a todos os pedidos que lhe chegam. A garantia que deixa é que todos os seus fregueses são tratados por igual, à parte condições sociais, cores políticas ou crenças. "É preciso deixar de lado os gostos políticos, as afinidades, e tratar todos aqueles que precisam do apoio da Junta por igual".

Muitas vezes, o colocar-se no lugar dos outros pode não ser fácil, mas é um hábito que este câmara-lobense tem vindo a pôr em prática na sua relação com todos aqueles que lhe batem à porta. E essa porta "nunca está fechada", adianta. 

Ouvir, "mas sabendo ouvir", é outro dos chavões que complementam o seu lema de vida. Pois, às vezes, há quem apenas precise de conversar, de desabafar e de partilhar com outra pessoa os problemas que a afligem. 

Embora reconheça que possa haver sempre quem não se mostre satisfeito com o trabalho que tem vindo a desenvolver, juntamente com toda a sua equipa, Celso Bettencourt destaca o reconhecimento das pessoas pelo que tem conseguido fazer pela freguesia. "Às vezes podemos não valorizar o arranjo de um pequeno acesso, a ajuda na recuperação de um problema numa habitação ou a limpeza de uma vereda ou beco, mas, a verdade, é que esse trabalho que passa despercebido à maioria das pessoas, é capaz de mudar por completo a vida de alguém". Mas, felizmente, "há quem reconheça este nosso trabalho e faça questão de o demonstrar sempre que passa pela Junta de Freguesia", adianta.  

O autarca não tem dúvidas de que no período da cerca sanitária à freguesia de Câmara de Lobos, em Abril último, também ele foi posto à prova. "O meu trabalho, a dedicação da minha equipa, o esforço de todos foi fundamental para que conseguíssemos atender e acudir a todas as necessidades que foram surgindo", diz, admitindo que esse terá sido o pior momento da sua vida autárquica. O período em que entrou para a Junta, que 'apanhou' a grande crise do início desta década, também deixou algumas marcas na forma como olha para a vida. "Havia tanta gente desempregada que não hesitei em deitar mãos à obra e procurar encontrar soluções para aquelas pessoas que apenas queriam um trabalho para poderem ganhar o pão para a mesa". São sete anos de dedicação sem horários e sem limitações. 

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